Jovens no Mercado de Trabalho: Redesenhando o Futuro das Organizações com a Geração Z
- Sommerfeld Soluções em Gestão de Pessoas
- 18 de jun.
- 3 min de leitura

A Geração Z já representa uma parcela significativa da força de trabalho no Brasil. Nascidos entre 1995 e 2010, esses jovens cresceram conectados, informados e com uma visão crítica sobre o mundo — inclusive sobre o mercado de trabalho. Embora representem o futuro das organizações, muitos jovens seguem insatisfeitos, desmotivados ou simplesmente optam por não permanecer nos empregos formais.
Segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), 65% das empresas têm dificuldade para contratar jovens qualificados, e o movimento de evasão cresce: o Brasil atingiu em 2023 a marca de mais de 25% dos jovens entre 18 e 24 anos fora do mercado de trabalho e da escola, segundo o IBGE.
O desafio está não apenas em atrair essa geração, mas principalmente em engajá-la e retê-la em ambientes que, muitas vezes, ainda operam sob lógicas que não dialogam com seus valores.
Por que os Jovens Desistem?
As barreiras enfrentadas pela Geração Z no mercado de trabalho não são apenas salariais ou técnicas. Elas são profundamente culturais e estruturais. Confira os principais obstáculos:
Modelos Engessados de Crescimento: Planos de carreira lineares, promoções por tempo de casa e excesso de burocracia afastam jovens que buscam aprendizado rápido, impacto social e desafios constantes. Segundo a PwC, 72% dos jovens consideram oportunidades de desenvolvimento profissional como o fator mais importante ao escolher um empregador.
Falta de Flexibilidade e Propósito: A geração Z valoriza qualidade de vida e propósito no trabalho. Modelos híbridos, horários flexíveis e causas sociais claras são mais atrativos do que bônus ou estabilidade. Pesquisa da consultoria Deloitte mostra que 49% dos jovens brasileiros já recusaram propostas de trabalho por não se alinharem aos seus valores pessoais.
Lideranças Desatualizadas: Jovens não aceitam líderes autoritários e inflexíveis. Esperam escuta ativa, autonomia e trocas transparentes. Ainda segundo a Deloitte, 44% dos jovens se dizem estressados ou ansiosos por conta da forma como são geridos no ambiente de trabalho.
Diversidade e Representatividade: Questões de inclusão são decisivas. Ambientes homogêneos, com pouca representatividade de gênero, raça e orientação sexual, são menos atrativos para essa geração. Segundo o Great Place to Work, a percepção de equidade no ambiente de trabalho é um dos principais fatores de permanência de jovens.
Como Redesenhar o Ambiente de Trabalho para a Nova Geração?
Empresas que querem conquistar a Geração Z precisam ir além de campanhas de employer branding. É necessário um plano de ação realista, contínuo e estratégico:
Escute de Verdade: Use pesquisas, rodas de conversa e ferramentas digitais para entender os anseios e frustrações dos jovens. A escuta ativa é o primeiro passo para ações eficazes.
Repense a Liderança: Forme líderes com inteligência emocional, capacidade de diálogo e abertura à diversidade. Líderes atualizados são o maior diferencial competitivo hoje.
Crie Trilhas de Crescimento Visíveis: Mostre que é possível evoluir na carreira sem precisar “esperar anos”. Ofereça mentorias, job rotations e capacitação constante.
Dê Sentido ao Trabalho: Valorize e comunique o impacto do trabalho do jovem dentro da empresa e para a sociedade. Missão, visão e valores devem sair do papel.
Flexibilize com Responsabilidade: Estabeleça políticas claras de trabalho remoto, jornada adaptada, dress code e benefícios personalizados.
Cuide da Saúde Mental: Ambientes tóxicos e excesso de demandas afastam talentos. Invista em programas de bem-estar, cultura do cuidado e espaços de descompressão.
O Futuro Não Espera
A geração que desafia as antigas estruturas já está dentro das empresas — e fora delas, esperando um novo modelo para se engajar. Para transformar esse cenário, é preciso agir agora, com planos de curto, médio e longo prazo, envolvendo RH, lideranças, comunicação e, principalmente, os próprios jovens.
Está pronto para redesenhar sua cultura e atrair os talentos do futuro? A Sommerfeld pode ajudar com soluções em gestão de pessoas, liderança e transformação organizacional.
Fonte de Inspiração: Este artigo foi inspirado no estudo "Jovens na Indústria: Novos caminhos para um público desafiador", do Great Place to Work Brasil, assinado por Sayane Shinosaki e Vitor Rossi.
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